Para a composição do debate, estão convidados: José Luis Cardoso (ICS), Boaventura de Sousa Santos (CES), José Bragança de Miranda (Universidade Nova de Lisboa), Marta Moita (Instituto Gulbenkian de Ciência); Associação para Defesa dos Direitos dos Imigrantes (SOLIM); Associação de Bolseiros de Investigação Científica (ABIC); Associação dos Pesquisadores e Estudantes Brasileiros – Coimbra (APEB – Coimbra) e Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).
Organização:
- Mobilização contra a Discriminação de Estudantes Estrangeiros em Portugal
- Associação de Pesquisadores e Estrangeiros Brasileiros em Coimbra (APEB - Coimbra)
Sessão aberta a todos os interessados.Faça parte da comunidade no Facebook: http://www.facebook.com/group.php?gid=121458274552644
Portugal parece que já esqueceu dos horrores da ascenção da xenofobia, dos nacionalismos, do nazismo, do totalitarismo ultradireitista que aos poucos foram sendo introduzidos em um ambiente de crise econômica do período entre querras que se viveu na Europa. Leis que restringiam direitos dos cidadãos estrangeiros, arbitrariedades que censuravam os meios de comunicação tornaram-se frequentes nesse período. O constitucionalismo português não pode ceder a esses vícios políticos consentâneos aos momentos de crise. políticos oportunistas sempre se aproveitarão desses momentos de incertezas para inocular o medo na população em relação ao porvir. A crise econômica não pode servir de desculpa para derrogar o que está escrito na Constituição Portuguesa. Temos que combater a proliferação dessas discriminações aos estrangeiros que vieram para cá para desenvolver investigações sérias e que logo mais terão que regressar por conta de um ambiente hostil que a cada dia parece ganhar apoio institucional. Caíram as máscaras, o episódio da mudança da resolução dos bolseiros evidenciou de uma vez por todas que a partir de agora os pesquisadores estrangeiros já não devem mais ser considerados bem vindos. A política institucional do país em relação aos estrangeiros mudou, e sem a consulta à população, ao arrepio da democracia. Somos nós, os investigadores estrangeiros, que fomos os primeiros a ser comunicados dessa guinada política à direita em Portugal. Serviremos de exemplo para os outros estrangeiros para não procurarem mais as Terras Portuguesas em busca de oportunidades de desenvolvimento de suas investigações. Daqui para frente mesmo que a resolução mude, haverá sempre a desconfiança de que um ou outro cidadão, que não tivesse o título de residente de longa duração, caso não seja escolhido como bolseiro, de que não o foi por critérios alheios aos do seu próprio mérito. Pairará sobre suas cabeças a idéia de que não foram escolhidos para receber a bolsa porque não podem votar e nem serem votados nessa república.
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